quinta-feira, 19 de março de 2009

Plano Nacional de Leitura

O Plano Nacional de Leitura tem como objectivo central elevar os níveis de literacia dos portugueses e colocar o país a par dos nossos parceiros europeus.É uma iniciativa do Governo, da responsabilidade do Ministério da Educação, em articulação com o Ministério da Cultura e o Gabinete do Ministro dos Assuntos Parlamentares, sendo assumido como uma prioridade política.Destina-se a criar condições para que os portugueses possam alcançar níveis de leitura em que se sintam plenamente aptos a lidar com a palavra escrita, em qualquer circunstância da vida, possam interpretar a informação disponibilizada pela comunicação social, aceder aos conhecimentos da Ciência e desfrutar as grandes obras da Literatura.
Um desígnio nacionalO impacto do Plano Nacional de Leitura será tanto mais significativo, na medida em que for considerado como um desígnio nacional. À semelhança do que tem acontecido nos países que lançaram projectos análogos, o sucesso depende da intervenção de todos e de cada um.A par dos programas de promoção da leitura lançados no quadro do Plano, é desejável que surjam livremente múltiplas e variadas iniciativas, de âmbito local, regional e nacional, levadas a cabo por organizações da sociedade civil, por profissionais e por voluntários.Se a responsabilidade for assumida colectivamente, melhor e mais depressa se conduzirá o país a um patamar superior.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Rapaz de Bronze de Sophia de Mello Breyner Andresen


O Rapaz de Bronze é um livro infantil escrito por Sophia de Mello Breyner, editado em 1956. É ilustrado por Júlio Resende e constituído por quatro capítulos: As flores, O Gladíolo, Florinda e A Festa.
O 1.º capítulo fala do jardim, dos gladíolos que se acham superiores às outra flores só porque são colhidos e porque vivem num jardim de buxo. Fala da paixão secreta e pequenina dos gladíolos das Camélias, da paixão um pouco maior dos gladíolos pelas Orquídeas e pelas Begónias e pela paixão sem limites dos gladíolos pelas tulipas, fala também que uma tulipa no mercado vale uma fortuna mas, no coração de um gladíolo, uma tulipa vale muito mais, fala que as tulipas são descendentes das tulipas holandesas do Príncipe de Orange, fala que as tulipas para os gladíolos são caras, bem vestidas e com um perfume espantoso.
O 2.º capítulo fala do novo gladíolo que nasce e pensa que é o melhor do mundo e que quando ouve a dona de casa a dizer ao jardineiro para não colher mais gladíolos ele fica triste e por isso decide fazer um festa, mas, para isso, ele tem de pedir autorização ao Rapaz de Bronze que ao príncipio diz que não mas depois aceita. Então ele vai falar com a Begónia e com a Orquídea que decidem fazer uma Comissão de Organização em que entra: o Gladíolo, a Begónia, a Orquídea, a Rosa, a Tulipa e o Cravo.
O 3.º capítulo fala de uma menina chamada Florinda e é quando a Comissão Organizadora decide quem vai à festa, a orquestra, a decoração e o que vão pôr na jarra.
O 4.º e último capítulo fala quando um rouxinol vai a casa de Florinda e lhe pede para ela ir para a floresta e ela segue-o e encontra o Rapaz de Bronze que lhe diz que o lugar dela é na jarra. Pouco tempo depois aparecem todas as flores exceto a Tulipa que ao fim de três danças chega vestida de amarelo. Ela põe-se a ver a sua imagem enquanto o Gladíolo fala com ela. O Nardo pede-lhe para ela dançar com ele e o Gladíolo fica zangado. Ao fim de três danças o Nardo cheira o perfume da flor do Muget e deixa a Túlipa só. Quando Florinda tinha quinze anos voltou ao jardim do Rapaz de Bronze e deu um passeio com ele.

A Menina do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen


É a história de amizade entre um rapaz e uma Menina. Ela vive no mar, e é bailarina da "Grande Raia", uma rainha dos mares, que sobre ela mantém vigilância, não a deixando realizar o seu sonho de conhecer a terra firme, onde mora o rapaz. Além disso, a menina não consegue sobreviver longe da água, pois, fica desidratada, ainda que consiga respirar dentro e fora de água. O rapaz, com que estabelece amizade, tem o desejo de conhecer o fundo do mar. A história desenrola-se com a tentativa dos dois em realizar os seus sonhos.
Era uma vez um menino que ia sempre à praia. Um dia, o menino ouviu uns barulhos de trás de uma rocha. Era uma Menina do Mar, um caranguejo, um polvo e um peixe. Ficaram todos amigos, o menino mostrou muitas coisas à Menina do Mar. O menino convidou-a para ir visitar a terra. No outro dia a Menina do Mar disse ao menino que não podia ir porque os búzios tinham dito à Raia Gigante. Eles depois tentaram fugir mas depois apareceram muitos polvos. Os polvos faziam muito mal, mas o menino não largava a menina. O menino caiu e deixou de ouvir, ver as coisas e adormeceu. Acordou numa rocha e a maré já estava cheia ele levantou-se e foi para casa cheio de marcas das ventosas dos polvos. Passaram dias e dias o menino voltava sempre à praia mas nunca mais viu a menina e os seus três amigos. Chegou o Inverno e o menino viu uma gaivota que trazia no bico uma poção para o menino se transformar em Menino do Mar. Tiveram dias e noites a atravessar o mar e finalmente chegaram à ilha onde a Menina do Mar estava. Voltaram para o mar. E a Menina do Mar voltou a dançar no palácio e ficaram amigos para sempre...

O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen


O Cavaleiro da Dinamarca é um livro de Sophia de Mello Breyner Andresen, editado em Portugal em 1964.
A obra conta a história de um homem que vivia com a sua família numa floresta da Dinamarca,no Norte da Europa. Numa noite de Natal, durante a ceia, quando todos estavam reunidos à volta da lareira, a comer e a contar histórias, comunicou-lhes que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para orar na gruta onde jesus tinha nascido e que, portanto, dessa noite a um ano não estaria com eles. Prometeu que,dessa noite a dois anos, estariam juntos de novo. Na Primavera seguinte partiu e, levado por bons ventos, chegou muito antes do Natal às costas da Palestina, onde visitou todos os locais sagrados relacionados com a vida de Jesus. Já de regresso à Dinamarca, uma tempestade violentíssima quase destruiu o barco em que viajava e ele teve que ficar em Itália. Aí conheceu várias cidades (Ravena, Veneza, Florença, Génova) onde fez diversos amigos, como o Mercador de Veneza, que lhe contou a belíssima história de amor de Vanina e Guidobaldo. De Giotto e Dante, Pêro Dias... Após inúmeras peripécias , consegue chegar à floresta em que vivia, mas uma tempestade quase lhe provoca a morte. No entanto, anjos acendem pequenas estrelas no abeto que ficava em frente à sua casa, guiando-o até ao calor do seu lar e de sua família.
Quando ele ia pela floresta pensou seguir o rio até sua casa mas não o encontrou ... Este foi desviando-se mais para Norte até que lá ao longe viu uma luz que se destacava pela sua grandeza... Esta, era a luz de sua casa.O cavaleiro não sabia disto, mas ainda assim resolveu ir atrás da luz, encontrando a sua casa. É por essa razão que se enfeitam os pinheiros no Natal e essa é a grande história do cavaleiro da Dinamarca.
Nesta história existem vários encaixes: - História de Vanina e Guidobaldo(narrada pelo mercador de Veneza; - História de Giotto, e História de Dante e Beatriz ( narrado por Filipo, um trovador amigo do Banqueiro de Averardo de Florença); - História de Pêro Dias ( narrada por o capitão amigo do Flamengo de Génova).

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá de Jorge Amado


Esta é a mais uma bela história de amor de Jorge Amado, que a escreveu para o seu filho João Jorge em 1948, para presente do seu 1º aniversário. Foi a única história infantil escrita por esse magnífico autor, mesmo assim, só foi publicada em 1976, quando João, bulindo em seus velhos guardados a reencontrou. Mestre Carybé, ilustrou, com tão lindos desenhos que todo mundo, merece, ler, reler, folhear e sonhar essa mesma história de amor, amor impossível, entre o velho Gato Malhado e a jovem Andorinha Sinhá.

O velho Gato Malhado, maltês, olhos pardos,olhos feios e maus, rabugento, solitário, cuja fama, percorre todo o parque, fazendo com que todos os seres viventes dele se afastem.Quando a Primavera chegou, vestida de luz, de cores e de alegria, olorosa de perfumes sutis, desabrochando as flores e vestindo as árvores de roupagens verdes, O Gato Malhado, estirou os braços e abriu os olhos pardos, rebolou-se na grama, como se fosse um Gato jovem, soltou um miado que mais parecia um gemido e até sorriu. O Gato aspirou a plenos pulmões a Primavera recém –chegada. Sentia-se leve, gostaria de dizer algumas palavras sem compromisso, porém todos haviam fugido. Não, todos não. No ramo de uma árvore a Andorinha Sinhá fitava o Gato Malhado e sorria-lhe. O Gato perguntou-lhe? Tu não fugiste, como os outros? Sinhá diz: eu não, não tenho medo de ti.Tu não podes me alcançar, não tem asas para voar, és um gatarrão feio e tolo, alias, mais feio que tolo.Assim começa a história de amor entre o Gato Malhado, feio, rabugento e com fama de mau e a jovem, corajosa, ousada e louquinha; Andorinha Sinhá.O Gato era a sombra na vida clara e tranqüila da Andorinha Sinhá, ela o seguia do alto, pois pressentia o grande corpo do Gato quando ia a caminho do seu canto predileto e lá de cima, voando, Andorinha jogava gravetos sobre ele só para atrair a sua atenção.Um dia, ele esperou-a, e como ela não veio foi caminhando e quando deu por si, estava debaixo da árvore onde Andorinha morava com sua família.Começam a conversar, ela o chama de feio, ele não quer, ela o chama de formoso, ele não quer, ele pede que o chame de Gato. Ela diz que não pode, pois sempre disseram que Andorinhas não podem conversar com nenhum Gato. (Os Gatos são inimigos das Andorinhas).“Se eu não fosse um Gato te pediria para casares comigo” Andorinha Sinhá, voou rente sobre o Gato, tocou-lhe com a asa esquerda, ele até ouviu o coraçãozinho dela bater forte.Um dia, no outono, Andorinha Sinhá, procura o Gato Malhado e o avisa não vai poder mais vê-lo, vai casar com o Rouxinol.O Gato Malhado passa a viver das recordações e dos doces momentos vividos, fica triste pois sabe que não pode viver só de lembranças, necessita também dos sonhos do futuro. No dia do casamento da Andorinha com o Rouxinol, o Gato vai em busca da cobra cascavel,para por fim a vida, pois já não sonha mais, reconheceu que já não havia futuro com que alimentar seu sonho de amor impossível.Do alto, Andorinha o vê caminhando, e adivinha-lhe o pensamento e deixa cair uma lágrima sobre ele e pensa: quem disse que uma Andorinha não pode se apaixonar por um Gato Malhado. Quem determinou que o amor só pode florescer e frutificar entre os pares. Quem disse isso é por quê nunca viveu nem sonhou uma grande história de amor.

Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett


A peça conta a história de uma filha de um burguês e da seu serva, Amália e Joaquina, que se vão casar.

Joaquina veio com o seu senhor do Porto para Lisboa , onde vive José Félix, o que lhes deu a oportunidade de estarem juntos.
Joaquina revela então a José Félix que Amália, a filha do seu amo, prometeu-lhe que lhe daria um dote de 100 moedas quando se casasse. Mas Joaquina disse que havia um problema: Duarte, o noivo de Amália, era um mentiroso compulsivo, e o pai de Amália (Brás Ferreira) disse-lhe que se o apanhasse numa mentira, acabava com o seu casamento. Interessado no dote, José Félix disse a Joaquina que tinham que dizer isso a Duarte, pois senão ele iria ser apanhado, o casamento iria ser cancelado de e Joaquina nunca receberia o dote de Amália. Mas demasiado tarde! Duarte já tinha começado a contar mentiras ao pai de Amália, que após algumas histórias extraordinárias, começou a desconfiar dele.
Quando Amália finalmente contou as exigências do seu pai a Duarte, este ficou muito baralhado, e começou a confundir as suas mentiras. Numa tentativa de socorrer Duarte, José Félix, fez-se passar por pessoas que Duarte mencionara nas suas mentiras, como por exemplo Tomás José Marques, Milorde Coockimbrook e general (sendo depois despromovida a coronel) Lemos. Mas no fim do dia, o pai de Amália descobriu que o seu futuro genro tinha mentido, apesar das suas mentiras terem acabado por ser verdade. Como agradecimento pela sua ajuda e pela "lição" que ele lhe deu, Duarte oferece um saco de dinheiro a José Félix. Com o "vício" de mentir emendado e com o desejo de José Félix pelo dinheiro satisfeito, a peça acaba com um final feliz.

Este é o enredo da história da qual vamos começar a estudar no fim da leitura do Gato Malhado.
Informo já que, antes do estudo desta obra, vamos a uma visita de estudo, na qual inclui a visualização da peça "Falar Verdade a Mentir"